A narrativa clássica, ou a forma de se contar uma história, deve a sua gênese à teoria estética do filósofo grego Aristóteles. Em A Poética, ele estuda a epopéia, a tragédia e a comédia para estabelecer os cânones da narrativa clássica. É um tratado sobre como narrar, como contar uma história e obter com ela a atenção, o envolvimento, a cumplicidade, a compreensão e a emoção do leitor, do espectador – isto é, do público a que se destina a história narrada.
“Seguir os cânones da “Poética”, ou trabalhar com a “visão aristotélica”, foi determinante para a consolidação do cinema narrativo clássico, essencialmente o americano – foi este cinema que inventou, com Griffith, a narrativa cinematográfica, ou seja, como contar uma história no cinema. Vamos ver e discutir como esses cânones narrativos determinam a formatação do enredo no Cinema: narrar as histórias com começo, meio e fim, dispondo dos elementos narrativos de forma a que eles se relacionem entre si para produzir o efeito desejado no espectador. Por isso, contar uma história, seguindo esses cânones, é trabalhar todos os elementos a serviço da narrativa, ou seja, tudo o que é narrado tem uma função no todo para se atingir o objetivo desejado.
Ao mesmo tempo, veremos de que forma, quando e por que essa narrativa foi sendo implodida e como, agora, ela ainda pode nos ser útil para contar, para narrar e dar sentido a um mundo tão fragmentado, estilhaçado.
Para isso, degustaremos alguns filmes seminais do Cinema e também trechos de filmes. Um menu que contempla Griffith, Murnau, Ford, Hawks, Wells, Wilder, Kazan,Stevens, Hitchcock, Lean, Rosselini, De Sica, Visconti, Antonioni, Fellini, Resnais, Godard, Kubrick, Coppola, Spielberg, Allen, Kieslowski, Kiarostami e Tarantino.”
De 27 de junho até o final de julho de 2011 (segundas) das 19h30 às 22h;
Inscrições e mais informações: atelierpaulista@gmail.com / (11) 3082-9217