JE T’AIME, MOI NON PLUS: REFLEXÕES SOBRE AS RELAÇÕES E REAÇÕES ÀS IMAGENS
curso com OLIVIA ARDUI
Venerar ou agredir: porque as imagens suscitam reações extremas e exaltam tanto os ânimos? O explica que uma pintura, escultura ou até uma fotografia sejam capazes de gerar empatia, desejo, animosidade ou até raiva, como se investidos de uma vida e vontade própria? Em uma perspectiva transversal e histórica, Je t’aime, moi non plus propõe uma reflexão sobre a recepção das obras de arte na cultura ocidental, trazendo à tona considerações sobre o uso, o impacto e o poder das imagens. Após uma introdução sobre alguns momentos chave que pautaram a concepção e o modo como se apreendem as obras de arte, cada encontro se articulará em torno de um gesto sintomático das paixões mais ou menos veladas que as imagens são capazes de gerar: adorar, profanar, destruir.
Encontro 1 – Entre amor e ódio – um breve panorama das relações e reações às imagens na história da arte ocidental
O primeiro encontro consiste em traçar um breve panorama de momentos importantes que pautaram a relação com a imagem na cultura ocidental. Desde suas origens greco-romanas e judaico-cristãs, passando pelo processo de secularização da arte, até o advento das vanguardas do início do século 20, veremos que a imagem foi ora entendida como presença ora como representação, gerando reações tão diversas quanto a iconofilia e iconofobia.
Encontro 2 – Adorar
Relíquias de contato milagrosas, estátuas de devoção e ex-votos, até serigrafias em série de ídolos da cultura pop – No segundo encontro se abordará uma série de obras que se conformam como ou se referem à admiração, culto e veneração das imagens, ou ainda que estimulam ou problematizam essa empatia e o poder conferido à esses ícones.
Encontro 3 – Profanar
Um terceiro encontro se articulará em torno de obras provocativas, sujeitas à tabus, que foram interpretadas e entendidas como ofensa ou insulto, como difamações acerca de nomes ou figuras consideradas sagradas ou, então, vivenciadas como um ataque à certos princípios éticos, morais ou religiosos.
Encontro 4 – Destruir
Qual a resposta dos artistas diante dos possíveis atos de destruição de imagens? Um último encontro abordará obras que integram ou se materializam em gestos iconoclastas que podem ser explorados tanto por sua propensão ao espetáculo, à subversão ou mesmo enquanto estratégia estética e política.
Bibliografia
BAERT, B. (Éd.). Fluid Flesh. The body, Religion and the Visual Arts, Leuven University Press, Leuven, 2009.
DEKONINCK, R. “Entre présence et représentation. Les pouvoirs de l’image et de l’art”, D. Lories et Th. Lenain, Esthétique et philosophie de l’art. Repères historiques et thématiques, Bruxelas, 2002.
DEKONINCK, R. Fou comme une image. Puissance et impuissance de nos idoles, Loverval, 2006.
FREEDBERG, D. The Power of Images. Studies in the History and Theory of Response, Chicago, 1991.
LATOUR, Bruno, “What is iconoclash? Or is there a world beyond the image wars?”, In Iconoclash – Image-making in Science, Religion and Arts, Catálogo de exposição, ZKM Karlsruhe, 2002.
MITCHELL, W. J. T. What do Pictures Want? The Lives and Loves of Images, Chicago, 2005.
STOICHITA, V. Une brève histoire de l’ombre, Geneva, 2000.
STOICHITA, V. L’effet Pygmalion. Pour une anthropologie historique des simulacres, Geneva, 2008.
Cronograma:
Outubro 04, 11, 18 e 25
Datas: de 04 a 25 de outubro de 2018
Horário: 20h30 às 22h
Duração: 4 encontros
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)
Vagas limitadas! Garanta já a sua:
atelierpaulista@gmail.com