Por uma (po)ética da Alteridade, curso com Peter Pál Pelbart

Por uma (po)ética da Alteridade Curso no Atelier Paulista com Peter Pál Pelbart

Cronograma: às segundas-feiras – 12 (aula aberta), 19 e 26/08; 02, 09, 16, 23 e 30/09; 07, 14, 21 e 28/10; 04, 11, 18 e 25/11.
Horário: das 17h30 às 19h00.
Duração: 16 encontros.
Local: Atelier Paulista, de forma remota, com transmissão ao vivo, por meio da ferramenta Zoom e com apoio técnico aos inscritos.
Número de vagas: 130 (modo remoto); 35 (modo presencial).

EMENTA:

Não há assunto mais urgente e ao mesmo tempo mais antigo do que o da alteridade. A filosofia, a antropologia, a psicanálise, a ciência política, as artes, mesmo a religião – cada um desses domínios tentou, a seu modo, elaborar formas de lidar com a condição da alteridade.

Contudo, a cada dia vemos mais xenofobia, identitarismo, narcisismo, blindagem sensorial, guerras fratricidas, teorias supremacistas – em suma, subjetividade fascista. Para não falar em antropocentrismo, capitalocentrismo, ecocídio, etc.

É na contramão dessas tendências que esse curso apresenta múltiplas perspectivas:

1. Nietzsche: como o vivo se relaciona com o que não é ele? Incorporação da alteridade como memória e reserva de futuro; afectibilidade como exposição à exterioridade, vulnerabilidade e seleção; força como relação; vontade de potência; superação de si como devir-outro.

2. Simondon: o indivíduo entre o limite e o ilimitado. O esquema hilemórfico e seu questionamento; individuação como processo, mutação e metamorfose; a energia potencial e o campo transindividual; topologia e cronologia; sujeito e indivíduo; a problemática afetiva e a angústia; o ser.

3. O polifasado e a defasagem em relação a si; individuação vital.

4. Viveiros de Castro: perspectivismo ameríndio; a inconstância da alma selvagem; a equivocação controlada; imanência do inimigo; xamanismo e cosmopolítica; a metafísica canibal como metafísica da predação; a aliança intensiva; antropologia como estudo da diferença, da multiplicidade, da transformação, dos devires; a floresta de cristal (Kopenawa).

5. Souriau: os diferentes modos de existência; a instauração da existência; pluralismo ontológico e existencial; existir concebido como “fazer existir”; trajeto vital enquanto exploração, encontros, cisões; tornar-se o advogado do ser-por-vir; a alma como ponto de vista; a oscilação intensiva; os seres solicitudinários; as passagens sinápticas; acontecimento e ponto de vista; o direito às existências liminares, precárias, mínimas; a obra-a-fazer.

6. Derrida: tempo dos espectros; o peso do passado; o capital e o fetichismo da mercadoria; a justiça como responsabilidade frente aos fantasmas; a espectrologia; Coccia: a vida como ser habitado pelos outros – seres, palavras, formas, catástrofes; Ludueña e a ontologia disjuntiva; para além da separação vida/morte, sujeito/objeto, humano/inumano, interior/exterior; o acosso do espectral.

7. Deleuze – Guattari: sujeito/subjetividade/subjetivação/dessubjetivação; o passeio do esquizo; o delírio histórico-mundial; clausura do fora e fora da clausura; diagramas da loucura; caos, caosmos, caosmose; a literatura e o delírio; linhas de fuga da normopatia; o devir-outro; imanência: uma vida.

A primeira aula será aberta e gratuita, sendo possível participar tanto presencialmente, diretamente do Atelier Paulista, quanto online. Para quem optar pela segunda opção, será possível assistir através do link: https://youtube.com/live/V6uNpShQZ1E?feature=share

Para mais informações e inscrições: atelierpaulista@gmail.com ou 11 97785-3897 (WhatsApp)