ANTROPOFAGIA E MACUNAÍMA – MODERNISMO HOJE
Curso com José Miguel Wisnik
O movimento modernista partiu de um rito de profanação da arte acadêmica e da cultura tradicional, na linha da quebra de tabus promovida pelas vanguardas do início do século XX. Essa ruptura foi também objeto de consagração, e associada inseparavelmente à imagem do Brasil nos últimos cem anos. Entre a profanação datada e a consagração fetichizante, que saldo crítico se pode tirar dessa experiência hoje, pressionada pelas revisões de classe, de gênero e de raça, por um lado, e pelo antimodernismo da extrema direita no poder, por outro?
O curso de seis aulas concentra-se nas duas figuras-chave do modernismo paulista, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Busca traçar seus perfis complexos e ir ao coração de suas mais originais contribuições: Macunaíma e a Antropofagia. No primeiro caso, atenta-se para as relações da obra com a mitopoética indígena, envolvendo uma reflexão cifrada sobre o destino do Brasil e da civilização. No caso de Oswald temos uma combinação original de Freud, Marx e Nietzsche com pensamento selvagem, desembocando, no final de sua trajetória, numa perspectiva visionária sobre a decadência do mundo patriarcal.
Informações:
Datas: às terças-feiras. 09, 16, 23 e 30 de novembro; 07 e 14 de dezembro.
Horário: 20h30 às 22h30;
Duração: 06 encontros.
Local: Atelier Paulista, de forma remota (alinhada ao protocolo de biossegurança da OMS), com transmissão ao vivo, por meio da ferramenta Zoom e com apoio técnico aos inscritos. O link de acesso será enviado no mesmo dia.
Número de vagas: 130.
Para mais informações e inscrições: atelierpaulista@gmail.com ou (11) 97785 3897 (WhatsApp)