Situações: da tecnologia à interação entre arte e política | apresentação da tese de doutorado de Dario Vargas

dario vargas

 

SITUAÇÕES: DA TECNOLOGIA À INTERAÇÃO
ENTRE ARTE E POLÍTICA

 

apresentação da tese de doutorado de DARIO VARGAS
participação especial do Prof. Dr. MARCUS BASTOS

 

O Atelier Paulista convida o artista Dario Vargas para apresentar sua tese de doutorado Situações: da Tecnologia à interação entre Arte e Política com interlocução do Profº Drº Marcus Bastos. Trata-se de expor o resultado de uma pesquisa, cujo objetivo é a criação de experiências estéticas no espaço urbano como forma desencadeadora de atos de resistência e de expressão efetiva no âmbito da prática política.

“[…] A hipótese é de que a eficácia estética desses experimentos, com o uso dos dispositivos teleinformáticos, evidencia as potencialidades político-ideológicas contidas na mídia, cujos usos costumeiros têm se prestado preponderantemente aos propósitos da ordem da produção e reprodução capitalista. O conceito de ‘situação’, expresso na ideia central do movimento Internacional Situacionista (IS), tem particular relevo para a experimentação poética aqui referida, uma vez que ele consiste na adoção de um ‘comportamento experimental poético’ como procedimento de intervenção afetiva no cotidiano, visando sua transformação ’em uma qualidade passional superior”.

Ainda, nesse dia, serão exibidas algumas das obras resultantes das experiências desenvolvidas no processo do doutorado com possibilidade de aquisição e também haverá pré-venda da edição digital da tese em pdf.


Entrada franca
Data: Quarta, 6 de dezembro de 2017
Horário: 20:00
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)

 

Vagas limitadas! Inscreva-se:
atelierpaulista@gmail.com

 

DARIO VARGAS

Artista, Designer e Doutor em Artes Visuais pela ECA-USP, com titulação de mestrado obtida na mesma Universidade na orientação da Profª Drª Branca de Oliveira e do Profº Drº Gilberto dos Santos Prado, por essa ordem. Tem suas investigações orientadas às relações entre atividade política e artística, para qual análise usa critérios afins ao Situacionismo. É membro ativo dos Grupos de Pesquisas “Realidades” ECA/USP e “A Vida Cotidiana e o Urbano” FLG/USP, sob coordenação das Profª Drª Silvia Laurentiz e Profª Drª Amélia Luisa Damiani, respectivamente. Participou também do Grupo de Pesquisa “Poéticas da Multiplicidade” ECA/USP da Profª Drª Branca de Oliveira e “Poéticas Digitais” ECA/USP coordenado pelo Profº Drº Gilberto Prado. Possui graduação em Design Gráfico pela Universidad Nacional de Colombia (2000). Foi professor nas áreas de design gráfico, fotografia, cinema, televisão e artes plásticas em diferentes universidades de Bogotá (Colômbia).

 

MARCUS BASTOS

Artista, Curador, Pesquisador e Professor nas áreas de convergência entre o Audiovisual, Design e Mídias Digitais. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é autor do e-book “Cultura da Reciclagem” (Galeria NOEMA, 2007) e um dos organizadores de “Apropriações do (In)comum: espaço público e privado em tempos de mobilidade” (Instituto Sergio Motta, 2009). Editou, com Lucas Bambozzi e Rodrigo Minelli, “Mediações, Tecnologia, Espaço Público – Um panorama crítico da arte em mídias móveis” (Conrad, 2010). Entre seus projetos recentes estão “Cenas Paulistanas” (composição audiovisual criada com Natália Aly e Rodrigo Gontijo, SESC-Ipiranga, 2013) e “Canteiro de Operações” (videoensaio no DVD homônimo de Nelson Brissac, José Resende e Heloísa Maringoni, 2012). Dirigiu documentários experimentais como “Giuseppe, etc.” (2011), Radicais Livre/os (2006) e “Interface Disforme” (2006).

Desdobramentos de um Sujeito Paradoxal: Stendhal | palestra com Ignez Mena Barreto

stendhal palestra com ignez mena barreto


DESDOBRAMENTOS GRÁFICOS DE UM SUJEITO PARADOXAL:
STENDHAL | palestra com IGNEZ MENA BARRETO

Durante quase dois séculos, Stendhal foi um escritor confidencial.  Dandy parisiense, freqüentador dos salões da moda no início do século XIX, escritor de ensaios, romances e jornalista de cento e setenta pseudônimos, Stendhal era capaz de criar debates acalorados na imprensa da época entre facções opostas que se digladiavam contrapondo obras que eram ambas escritas pelo mesmo. Adepto de disfarces e do teatro na vida real, dele dizia seu amigo íntimo Prosper Mérimé, “ninguém nunca soube exatamente que pessoas frequentava, que livros havia escrito, que viagens havia feito”… E o mistério perdurou mais de um século depois de sua morte, e perdura, de certa forma, até os dias de hoje.

O manuscrito da Vie de Henry Brulard, autobiografia cujo título traz a marca desse gosto pelo jogo de máscaras, não é dos ingredientes menos saborosos desse grande enigma que é o personagem e a obra de Stendhal. Ao longo de sessões diárias dedicadas à escrita, lembranças vão aflorando em texto, e logo em desenhos. Esquemas, plantas baixas rudimentares, croquis interrompem regularmente o curso da escrita, registrando em outro médium o afluxo das lembranças: o espaço, a posição dos personagens, o conflito ou a situação em que estavam envolvidos são indicados por meio de um sistema gráfico de uma simplicidade e de uma engenhosidade surpreendentes. Impossível de eliminar esses desenhos sem mutilar o texto, eles são parte integrante e, às vezes, os pontos de maior intensidade da obra. A presença desses desenhos (em torno de 197) constitui apenas a face mais imediatamente visível da grande incógnita que é esse manuscrito. A Vie de Henry Brulard é uma daquelas obras que quanto mais se lê, e quanto mais se pensa sobre o que se lê, mais espesso fica seu mistério. A ideia dessa aula é abrir o manuscrito com o grupo, recolher as primeiras pistas de leitura disseminadas por Stendhal no seu limiar e suscitar a vontade de explorar mais a frente essa joia da literatura universal.


Data:
6 de dezembro de 2016
Período: Terça, 20h30 – 22h
Local: R. Amália de Noronha, 301
(5 min. do metrô Sumaré)


Vagas limitadas! Inscreva-se:
atelierpaulista@gmail.com


IGNEZ MENA BARRETO
Especialista em Língua e Literatura Francesa, formada em linguística pela Universidade de São Paulo, doutora em Literatura francesa pela Universidade de Paris, pós doutora em Literatura francesa pela USP, autora de vários estudos nas áreas de literatura e de arquitetura publicados em revistas francesas e brasileiras. Morou 27 anos na França onde foi membro do ITEM/CNRS (Institute des Textes et des Manuscrits Modernes do Centre National de Recherche Scientifique) e da equipe “Manuscrits de Stendhal” da Université Stendhal (Grenoble 3), professora de língua e literatura francesa, conferencista, tendo participado e organizado congressos, colóquios e seminários em várias instituições entre as quais a Université de Paris/Sorbonne, a Université Stendhal (Grenoble 3) e a ENS/Ulm (École Normale Supérieure de la rue d’Ulm).